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G1 - Computador Tátil?

  • kemperlito
  • Apr 22, 2021
  • 3 min read

Neste post analisarei a"inForm", interface tangível desenvolvida por Daniel Leithinger e Sean Follmer sob orientação do professor Hiroshi Ishiio, no MIT Media Lab. Apesar de não se tratar de um protótipo com fins comerciais, é uma tecnologia inovadora cujas possibilidades de inovação tem sido exploradas a algum tempo pelo laboratório.


Movidos pela crença de que o futuro da computação será tangível, o Grupo de Mídias tangíveis do MIT desenvolveu o"inForm", uma interface modular baseada no toque e nos gestos. Apesar de ter em sua configuração padrão o formato de uma placa lisa, ela é capaz de modificar sua superfície tridimensionalmente através dos pinos verticais que a compõem. Conectado a um computador, a interface permite diversas funções baseadas em sua programação,


Semelhante ao brinquedo Pinart 3D chique, a interface apresenta pinos capazes de fazer modelos 3D grosseiros através de motores conectados a um laptop, que podem tanto ser configurados digitalmente, quanto registrados através de um sensor Kinect hackeado. A partir dessas características, o projeto pôde se desdobrar em diversas funções como representar e editar modelos tridimensionais, deslocar objetos, controlar mídias através de menus táteis e várias outras.



Como pudemos ver, este projeto tem muito potencial. No entanto, o mais interessante dessa interfase - e possivelmente a característica que poderia mudar nossa relação humano-computador - a é sua distinção de nossas outras mídias. Se analisarmos as interfaces computacionais que vemos hoje, podemos identificar que elas não passam de um conjunto de antigas ferramentas: uma televisão, uma maquina de escrever, um rádio, todos fundidos em um só objeto. No entanto, com o advento dos celulares, a relação tátil passou a ser explorada, dando abertura para novas interfaces únicas, como o"inForm".


Segundo Mark Weiser, em seu texto"The world is not a Desktop", nossas interfaces são ferramentas que devem ser utilizadas de maneira natural, ou seja, de forma transparente. No entanto, o que vemos hoje é que as empresas tem se concentrado cada vez mais em dar destaque a interfase em si, ao invés de facilitar o cumprimento de nossas tarefas. Além disso, segundo Yuval Harari, as tecnologias tem nos alienado de nossos corpos e criado um filtro digital em nosso olhar. Acredito que ambos problemas podem ser solucionados através da popularização de uma mídia tangível como o "inForm".


Qualquer interface pode ser modificada e aprimorada e, portanto, não seria diferente neste caso. Dentre os caminhos a serem explorados, defini como parâmetro a aplicação de diferentes sensores:


Os sensores magnéticos tem uma alta precisão. Por isso, acredito que seriam ótimas ferramentas para a manipulação gestual dos pinos. O usuário poderia usar uma luva magnética que permitisse a manipulação tridimensional da interface, tornando essa interação mais natural.


Os sensores cardíacos poderiam servir para criar uma experiência particular com o indivíduo. Ele poderia escolher alguma configuração de movimento, que se somaria ao ritmo dos batimentos. Essa representação poderia ser apresentada de maneira reduzida, ou em grande escala, criando uma experiência imersiva como uma "Sala Cardíaca".


Em locais com muitos gases perigosos, poderia haver vários sensores espalhados conectados à interface. Essa interface estaria em um local de monitoramento e se moldaria para representar exatamente como o gás está se comportando, permitindo maior controle e segurança, além de uma orientação para sua contenção.


Por último, a interface poderia servir como painel de monitoramento conectado a sensores de temperatura e umidade. Isso seria útil em áreas agrícolas para checar as condições de ambiente da safra e em hospitais, para evitar a manifestação ou o fortalecimento de doenças.

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© 2021 por Lito Kemper. Criando para a disciplina DSG1411 da PUC-Rio

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