Pesquisa para G1 - Olhando com as mãos

Ao buscar sobre projetos de design de mídia digital centrados nos sentidos, encontrei o site da MITMedia Lab, uma das mais avançadas organizações de pesquisa de tecnologia e experiências. Em seus laboratórios, estudantes e pesquisadores tem o objetivo de desenvolver projetos que auxiliam pessoas a entender e transformar suas vidas e comunidades.

Explorando seus projetos, me deparei com uma interface que já havia visto em aula, uma área de interação em formato de mesa com pinos ligados a sensores de pressão brancos, que se moviam verticalmente de acordo com a função programada.

Decidi investigar mais profundamente esta interface e selecionei quatro projetos:

O primeiro deles, chamado "inFORCE", é capaz de registrar a força aplicada na interface e reproduzi-la, como se simulasse o espaço negativo dos pinos. Uma das aplicações apresentada por este projeto é usar a interface no ensino de anatomia, para mostrar a rigidez das partes do corpo.

O segundo, chama-se "Materiable". Este projeto busca explorar os diferentes matérias e suas propriedades, simulando a flexibilidade, viscosidade e elasticidade.

O terceiro é o "SoundFORM". Neste caso, a interface foi explorada para reproduzir sons e ser capaz de representa-los com a variação dos pinos. Além disso, o usuário pode, através de gestos, modificar o andamento musical dos sons.

Por último, temos o "Conjure", que foi desenvolvido para aqueles que não tem retornos visuais, em outras palavras, pessoas cegas. O objetivo do projeto foi emular jogo Super Mario Land, com a única alteração de que o Mario sempre ficaria no centro da tela (agora representada pela interface de pinos). O jogador sentiria os elementos do jogo com as mãos através da interface e controlaria o Mario com um sensor no tornozelo.

Após olhar esses e outros projetos, ainda não sou capaz de decidir qual eu desejo analisar. Para mim, o mais interessante foi ver como uma interface da qual eu nunca tinha ouvido falar teria o potencial de ser explorada de tantas maneiras. Isso me faz pensar: "Para quais caminhos ainda não estamos olhando? O que mais podemos fazer somente com esta interface?".